Léa Garcia tinha uma relação antiga com Gramado, onde já foi premiada com Kikitos por suas atuações em filmes como “Filhas do Vento”, “Hoje tem Ragu” e “Acalanto”. Ao longo de sua carreira, a atriz acumulou mais de 100 produções em cinema, teatro e televisão.
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das pioneiras atrizes negras na televisão brasileira. Sua trajetória nas artes foi marcada por grandes conquistas, como a indicação ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957, por sua atuação no filme “Orfeu Negro”. Em 1960, o filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
No teatro, uma de suas peças de destaque foi “Orfeu da Conceição” (1956), de Vinicius de Moraes. Já na televisão, Léa fez sua estreia no Grande Teatro da TV Tupi nos anos 1950. Na mesma emissora, participou do programa “Vendem-se Terrenos no Céu” em 1963. Foi em 1970 que recebeu o convite para trabalhar na Rede Globo, integrando o elenco da novela “Assim na Terra como no Céu”. Porém, foi com a novela “Escrava Isaura” (1976) que alcançou seu maior sucesso, se tornando um fenômeno de audiência tanto no Brasil quanto no exterior.
Léa Garcia deixa um legado importante para a história da representatividade negra e para a cultura brasileira. Sua morte é uma grande perda para o cenário artístico, porém sua contribuição será lembrada e celebrada por muitos anos. O Festival de Cinema de Gramado presta, hoje, uma emocionante homenagem à atriz, que partiu deixando uma marca indelével na indústria cinematográfica. Descanse em paz, Léa Garcia.
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