Comandante de batalhão é afastado no RJ após morte de criança e adolescente.

O comandante do 17º BPM (Batalhão da Polícia Militar) da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, foi afastado pela Secretaria Estadual da PM do estado. A decisão foi tomada após as mortes de Eloá Passos, de cinco anos, e Wendel Eduardo, de 17, neste sábado (12). Moradores acusam a polícia pelas mortes.

O objetivo da medida é “dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos”, comunicou a secretaria, por meio de nota oficial.

Wendel morreu baleado após uma tentativa de abordagem. A corporação chegou a afirmar que ele atirou contra agentes durante uma abordagem e houve revide.

Foi informado que o jovem de 17 anos foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Municipal Evandro Freire, mas chegou morto ao local.

Já a garota Eloá foi morta dentro de casa, após um tiro atravessar a janela do quarto onde ela estava, no Morro do Dendê. Moradores acusam a polícia pela morte da menina, durante a repressão a uma manifestação contra a morte de Wendel.

A polícia disse em nota que não houve operação no Morro do Dendê e não sabe como a jovem morreu.

A Secretaria Estadual da PM decidiu afastar o comandante do 17º BPM como forma de garantir uma investigação imparcial e transparente sobre as mortes de Eloá e Wendel. A medida visa evitar qualquer tipo de influência ou interferência nas apurações, assegurando a confiança da comunidade local.

As mortes ocorreram no último sábado e geraram uma onda de revolta por parte dos moradores. Segundo relatos, Eloá foi atingida por um tiro que veio de fora de sua casa, enquanto Wendel teria sido baleado em uma suposta tentativa de abordagem policial.

A polícia, por sua vez, alega que Wendel teria atirado contra os agentes durante a abordagem, o que teria causado um revide. No entanto, ainda não está claro como Eloá foi atingida e se há ligação entre as duas mortes.

Diante das acusações da comunidade e da necessidade de esclarecer os fatos, a Secretaria Estadual da PM decidiu afastar o comandante do 17º BPM. O objetivo é garantir que a investigação seja conduzida de forma imparcial e transparente, sem qualquer tipo de influência ou interferência.

A medida demonstra a preocupação das autoridades em esclarecer as circunstâncias das mortes e, caso seja comprovada qualquer irregularidade por parte dos policiais, tomar as devidas providências para a punição dos responsáveis.

Em momento algum, a Secretaria Estadual da PM negou as acusações dos moradores e mostrou disposição em investigar a atuação dos policiais durante esses tristes episódios. A população espera que a apuração seja conduzida de forma diligente e que a verdade seja esclarecida, trazendo justiça às vítimas e tranquilidade à comunidade.

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