A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo bancário da primeira-dama Michelle Bolsonaro em uma investigação relacionada a joias.

O pedido de quebra de sigilos fiscal e bancário da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no inquérito que investiga supostos desvios de presentes de alto valor oferecidos por autoridades estrangeiras ao presidente Jair Bolsonaro foi feito pela Polícia Federal. O ex-presidente também foi alvo do pedido, revelado durante a operação da PF contra aliados de Bolsonaro na última sexta-feira (11).

Os pedidos foram encaminhados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que será responsável por decidir se autoriza ou não a quebra de sigilo.

Até o momento, a defesa de Michelle não foi localizada para comentar o assunto. No entanto, na madrugada do sábado (12), a ex-primeira-dama compartilhou um versículo bíblico em suas redes sociais, que diz: “Há uma promessa linda na Bíblia que diz: Quando for a hora certa, Eu, o Senhor, farei acontecer”.

No dia anterior, o blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, divulgou um vídeo que mostra a reação de Michelle a mulheres que a questionaram sobre o paradeiro das joias presenteadas por autoridades estrangeiras.

Michelle foi até a mesa das mulheres em um restaurante em Brasília e respondeu: “Você é tão mal-informada que sabe onde estão as joias”. O maquiador Agustin Fernandez, amigo da ex-primeira-dama, também teve uma reação agressiva, xingando as mulheres e possivelmente jogando um copo de gelo nelas.

A assessoria de Michelle afirmou que ela apenas respondeu aos insultos e repudia esse tipo de ação. Já Fernandez não se pronunciou sobre o ocorrido.

A investigação sobre as joias e presentes dados por autoridades estrangeiras a Jair Bolsonaro aponta para a suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal do ex-presidente. A ação da Polícia Federal, batizada de “Lucas 12:2”, dá continuidade às apurações que podem resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa.

Embora não tenha sido alvo das diligências, Bolsonaro teve a quebra de seus sigilos pedida e deverá ser ouvido em breve pela PF, assim como o general Mauro Lourena Cid, pai do ajudante de ordens Mauro Cid.

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