Relatora questiona veracidade de suposta “minuta do golpe” encontrada na residência de Torres e levanta dúvidas sobre sua validade.
Durante o depoimento, Gama também questionou Torres sobre os erros na execução do protocolo de ações integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF para as manifestações de 8 de janeiro. Torres respondeu que isso deve ser apurado, mas afirmou que se o protocolo tivesse sido cumprido adequadamente, as invasões não teriam ocorrido.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou se os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os atos do dia 8 de janeiro chegaram ao atual ministro da Justiça, Flávio Dino. Torres afirmou que os alertas certamente chegaram ao ministro e que a CPMI deveria investigar a eventual omissão dele.
O deputado Rafael Brito (MDB-AL), por sua vez, destacou os indícios que apontam para a conivência de Torres com a tentativa de golpe. Brito citou a perícia da Polícia Federal, que encontrou apenas três impressões digitais na minuta, incluindo as de Torres, do delegado da Polícia Federal e de um advogado do ex-secretário.
Outros parlamentares também questionaram Torres sobre os documentos e alertas relacionados aos atos do dia 8 de janeiro. Além disso, houve discordância entre os deputados em relação à responsabilidade das falhas no plano de segurança, com alguns culpando a Polícia Militar do Distrito Federal e outros responsabilizando o ex-secretário e os ministros do governo Lula.
A reunião da comissão foi interrompida para o almoço e será retomada em seguida, com mais questionamentos aos depoentes. A CPMI investiga os acontecimentos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.