Em mensagem direta a Lula, Petro enfatiza o negacionismo de esquerda e exige o término do uso de petróleo.
Petro ressaltou o enorme conflito ético envolvido nessa questão e fez referência à crise climática e ao consenso científico sobre o assunto. Ele afirmou que os governos de direita negam a ciência, enquanto os progressistas enfrentam dificuldades ao falar em “transições”, termo frequentemente utilizado para justificar o investimento contínuo em energias provenientes de fontes fósseis.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também participou da Cúpula e defendeu a transição ecológica como uma oportunidade para a Amazônia deixar de ser apenas fornecedora de matérias-primas para o mundo. No entanto, as negociações da Declaração de Belém se concentraram apenas no setor florestal, com menções sobre o combate ao desmatamento e a prevenção do ponto de não retorno da floresta.
Petro argumentou que cuidar da floresta não se resume apenas ao combate ao desmatamento. Com o aquecimento global, existe o risco de a floresta atingir o ponto de não retorno, o que implica que a falta de compromissos com a redução das emissões de gases provenientes de combustíveis fósseis pode comprometer os objetivos estabelecidos no documento.
Além disso, Petro criticou a cobrança de recursos financeiros aos países ricos e propôs uma reforma do sistema financeiro global. Ele sugeriu a criação de um plano Marshall para revitalizar a selva amazônica e gerar um motor econômico para a região, enfatizando que a valorização da Amazônia vai além de presentes do Norte.
A Cúpula da Amazônia tem como objetivo discutir questões socioambientais entre os países da região. A proposta foi apresentada por Lula durante a COP27 e se concretizou com a realização do evento. O encontro reúne os países-membros da OTCA e outros convidados, visando fortalecer a organização e definir uma posição em comum sobre as reservas florestais. A expectativa é de que ao final do evento seja assinado um tratado conjunto. Além das autoridades, representantes da sociedade civil também têm contribuído com propostas para orientar as discussões na cúpula.