Um terço dos policiais militares que participaram da operação no litoral de São Paulo não possuía câmeras de monitoramento.
A Polícia Militar de São Paulo adquiriu mais de 10 mil equipamentos de câmeras presas ao uniforme, abrangendo 52% das unidades policiais do estado. No entanto, não foi explicado o motivo pelo qual as imagens captadas pelos equipamentos ainda não foram enviadas aos responsáveis pela investigação, mesmo tendo sido entregues ao Ministério Público apenas imagens de sete equipamentos.
A Promotoria confirmou o recebimento das imagens e aguarda o envio dos outros dados solicitados à Polícia Militar, que tem contribuído com as investigações. Essas mortes ocorreram em supostos confrontos entre policiais militares e criminosos entre os dias 28 de julho e 2 de agosto. A operação teve início após o assassinato do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, que foi atingido por um tiro na noite de 27 de julho na periferia de Guarujá.
Além das apurações a cargo da Polícia Civil, um Inquérito Policial Militar foi aberto para analisar os fatos. A Operação Escudo envolve policiais militares de diferentes batalhões e regiões do estado. Uma das 16 pessoas que morreram durante a operação foi enterrada como desconhecida, pois a Polícia Científica não obteve êxito em sua identificação. Os materiais genéticos e dactiloscópicos foram extraídos pelo Instituto Médico Legal na tentativa de identificação futura através de confronto de DNA. Segundo a Prefeitura de Guarujá, o sepultamento foi realizado com base em uma portaria da Polícia Civil de 1993, que autoriza o enterro de pessoas não identificadas após 72 horas da chegada ao IML.