No último final de semana, a Polícia Civil concluiu a investigação e indiciou três pessoas pela morte de Patrick. O delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia Sede da cidade, confirmou à CNN, neste sábado (5), o envio do inquérito à Justiça para abertura de ação penal contra os indiciados por homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico.
A polícia de São Paulo lançou a operação “Escudo” após a morte do soldado Patrick Bastos Reis durante um patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá. Mais de 600 agentes das polícias Civil e Militar participaram da ação, resultando em 16 pessoas mortas. Além disso, foram presas 147 pessoas e apreendidos 434 kg de drogas, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
No entanto, o ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, registrou boletim de ocorrência por ameaças de morte e injúrias raciais recebidas via WhatsApp. Ele tem criticado a atuação dos policiais envolvidos na Operação Escudo e se tornou porta-voz das denúncias de violações de direitos humanos feitas pelos moradores.
A defensora pública da União, Carolina Castelliano, afirmou à CNN que o número crescente de mortes de civis e militares em operações policiais indica uma ausência de técnica e inteligência na atuação das forças de segurança do estado de São Paulo. Ela defende que o Estado deve sempre atuar com técnica, nos limites da razoabilidade e com inteligência.
*Com informações de Léo Lopes e João Victor Azevedo.