O empresário Romeu Zema pode estar colhendo votos e se tornando uma liderança da extrema-direita, contudo, isso não significa que ele será capaz de vencer uma eleição sozinho. De acordo com o colunista do UOL, Leonardo Sakamoto, essa situação pode se tornar um verdadeiro tiro no pé para Zema no médio prazo, resultando em sua imagem sendo associada ao presidente Jair Bolsonaro e não sendo percebido como um candidato independente.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Segundo análise do colunista do UOL, Leonardo Sakamoto, a possibilidade de Romeu Zema, empresário e político do Partido Novo, estar ganhando votos e se tornando um nome forte na extrema-direita pode ter consequências negativas para sua imagem política no futuro.
Sakamoto ressalta que, embora Zema possa estar angariando apoio de eleitores alinhados à extrema-direita, sua dependência desse segmento pode prejudicar sua trajetória política a longo prazo. O colunista destaca que esse tipo de associação com a extrema-direita pode fazer com que Zema seja percebido apenas como um “Bolsonaro B”, ou seja, um candidato que não representa a independência política que alega possuir.
O colunista destaca que, para se consolidar como uma liderança política legítima e independente, Zema precisa ser capaz de atrair eleitores além daqueles que estão alinhados com a extrema-direita. Seu sucesso eleitoral depende de conquistar apoio de uma ampla parcela da população, independentemente de sua posição no espectro ideológico.
Caso Zema não consiga se desassociar dessa imagem de “Bolsonaro B” e se consolidar como um candidato independente, suas chances de ganhar eleições no futuro serão consideravelmente prejudicadas. É importante que ele seja visto como um político com propostas próprias e que seja capaz de representar interesses diversos dentro da sociedade.
Em conclusão, segundo Sakamoto, é necessário que Zema compreenda que, apesar de ganhar votos e liderar a extrema-direita, isso não é suficiente para garantir seu sucesso político. Ele precisa se desvencilhar dessa imagem e se apresentar como uma figura política realmente independente, capaz de unir diferentes grupos e interesses em prol do desenvolvimento do país.