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Diretores de diversos perfis se unem em ala do Banco Central, defendendo corte reduzido nos juros.

Quatro membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiram votar a favor de uma redução de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) na última reunião do comitê. Essa decisão vai contra a maioria dos membros, incluindo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que optaram por uma queda de 0,5 ponto percentual. Entre os quatro membros que votaram pela redução mais conservadora estão Diogo Guillen (Política Econômica), Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos), Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) e Maurício Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta), que possuem trajetórias distintas.

Diogo Guillen é conhecido por ser conservador em suas posições e sua experiência no mercado financeiro moldou seu perfil ortodoxo, baseado em modelos estatísticos. Renato Dias Gomes, por sua vez, é especializado em estabilidade, concorrência e eficiência da economia brasileira, e suas opiniões sobre política monetária são menos conhecidas. Fernanda Guardado, que tem uma carreira no mercado financeiro, também adotou uma postura mais cautelosa em relação aos juros.

Maurício Moura, diferentemente dos outros três, é um servidor de carreira do Banco Central e ocupou diversos cargos dentro da instituição. Ele defendeu em uma entrevista recente que os juros altos são necessários para controlar a inflação, mas acredita que eles irão diminuir em algum momento.

A divisão do Copom nesta última reunião foi uma surpresa para o mercado financeiro, que agora espera pela divulgação da ata para entender melhor os motivos que levaram a essa divisão. Com a aproximação do término do mandato de alguns membros do Copom, há expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeie pessoas mais alinhadas ao seu governo, o que pode resultar em uma política de juros mais flexível.

Os termos “hawkish” e “dovish” são usados pelos economistas para descrever posturas mais agressivas e conservadoras, respectivamente, ou mais suaves e expansionistas dos bancos centrais. O comportamento “hawkish” é caracterizado pela subida de juros para conter a inflação, enquanto o comportamento “dovish” indica uma postura mais branda, com corte de juros para estimular a economia.

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