A Secretaria de Educação confirmou a informação e prometeu fornecer mais detalhes sobre a logística na próxima segunda-feira (7). Vale ressaltar que o estado surpreendeu ao anunciar a decisão de não receber mais livros físicos do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Segundo a pasta da educação, eles pretendiam utilizar conteúdo 100% digital a partir do 6º ano do ensino fundamental, justificando que possuem material didático próprio que manteria a coerência pedagógica.
No entanto, a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros) se manifestou contra a iniciativa, destacando que existe uma harmonia entre os livros do PNLD e os materiais próprios da rede de São Paulo, que coexistem e se complementam há anos.
Diante da polêmica, o Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público de São Paulo instaurou um procedimento para apurar a decisão após solicitação do deputado estadual Carlos Giannazi, do PSOL.
O parlamentar argumentou que os livros didáticos são a única fonte de acesso a muitos alunos e privá-los desse material seria uma verdadeira tragédia. Em resposta, o Ministério da Educação afirmou que a participação no programa é voluntária e que está aberto ao diálogo e cooperação com os estados.
Com toda a repercussão, o governador Tarcísio admitiu que houve uma má comunicação sobre o plano e esclareceu que as duas opções, impressa e digital, estarão disponíveis. No entanto, ainda não está claro se São Paulo voltará a aceitar os livros do PNLD ou se apenas imprimirá o material didático produzido no estado. A Secretaria de Educação informou que mais detalhes serão divulgados amanhã.