A Bienal das Amazônias exibe obras de 120 artistas de diferentes partes da Pan-Amazônia, promovendo a diversidade cultural da região.
O local escolhido para abrigar as obras foi o prédio desativado de uma antiga loja de departamentos, situado no centro comercial de Belém. Com quatro pavimentos e uma área total de 7,6 mil metros quadrados, o novo espaço cultural da cidade se torna o ponto principal de exposição dos trabalhos. Segundo Vânia Leal, uma das curadoras do evento, a Bienal apresenta as expressões da efervescência e multiplicidade cultural da Amazônia.
Para a seleção dos artistas e obras presentes na Bienal, Vânia e Keyna Eleison, pesquisadora de história da arte, adotaram o conceito de “sapukai”, que significa grito e representa as múltiplas vozes que fazem parte das pesquisas realizadas na região amazônica durante dois anos.
O evento não se restringe apenas à arte, mas também proporciona debates sobre questões sociais, econômicas e climáticas de relevância mundial. Segundo Vânia, Belém, como cidade fincada na floresta, se torna uma seta que aponta não só para as Amazônias, mas também para o mundo.
Além disso, a Bienal presta uma homenagem à fotógrafa Elza Lima, conhecida por seu trabalho de quase 40 anos registrando a região amazônica. Elza traz em suas imagens a essência das Amazônias, refletindo sobre a relação dos povos com a floresta e os rios. Ela destaca a importância de dar visibilidade à produção cultural da região e afirma estar honrada por ser homenageada nesta edição.
A Bienal das Amazônias está aberta ao público com entrada gratuita, de quarta-feira a sexta-feira, das 11h às 19h, e aos sábados, das 11h às 20h, na rua Senador Manoel Barata, nº 400, em Belém.