O corpo da jovem foi descoberto após uma amiga, preocupada com o seu sumiço, decidir enviar uma mensagem aos pais de Jenifer. A família então apontou o namorado como principal suspeito do crime, já que o casal morava junto na comunidade e o relacionamento era marcado por constantes episódios de ciúmes. De acordo com os parentes da vítima, o namoro durou cerca de 10 meses e já haviam se separado anteriormente, mas Jenifer cedeu às insistências do companheiro e retomou a relação.
Os familiares acreditam que o crime tenha ocorrido durante uma nova briga decorrente de ciúmes por parte do namorado, que até o momento não foi localizado. A Polícia Civil foi acionada e a 11ª DP da Rocinha foi designada para remover o corpo e realizar a perícia no local. Um inquérito foi aberto e diligências estão em curso para apurar a autoria do crime.
Fica mais uma vez evidente a gravidade do feminicídio, um dos maiores problemas enfrentados pelas mulheres em nossa sociedade atual. A violência doméstica e o ciúme excessivo são fatores que, infelizmente, contribuem para um ambiente propício ao cometimento desse tipo de crime.
É importante destacar que a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015) reconhece, classifica e pune com mais rigor os assassinatos de mulheres decorrentes de violência doméstica ou por questões de gênero. Porém, a efetivação e aplicação dessa lei dependem de um trabalho conjunto entre as autoridades policiais e judiciárias, além de políticas públicas de prevenção e conscientização.
É preciso combater a cultura machista que ainda permeia a sociedade, afinal, toda forma de violência contra a mulher deve ser repudiada e punida. O caso de Jenifer Carvalho Paes é mais uma triste história que nos alerta sobre a realidade alarmante do feminicídio em nosso país.
É fundamental que a investigação seja conduzida de forma rápida e eficiente, para que a justiça seja feita e o responsável por esse crime hediondo seja levado à punição adequada. A sociedade civil e as autoridades competentes devem se unir para garantir um ambiente seguro para as mulheres, onde a violência e o medo não tenham lugar.
(Fonte: G1)
