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Tragédia em Johanesburgo: Incêndio em prédio ocupado por sem-teto resulta em 73 mortes. Cenas devastadoras chocam a cidade.

Na madrugada desta terça-feira, um incêndio de proporções devastadoras atingiu um prédio de cinco andares em Johanesburgo, África do Sul. Ainda investigada, a causa do incêndio permanece desconhecida até o momento, de acordo com o porta-voz do Gerenciamento de Emergências de Johanesburgo, Robert Mulaudzi.

O fogo teve início por volta da 1h30 da manhã, horário local, e até as 10h, o prédio ainda apresentava sinais de fumaça, com grande parte de sua estrutura enegrecida pela fuligem. No local, os serviços de emergência estavam reunidos, enquanto corpos cobertos jaziam em uma rua próxima, relatou um repórter da agência Reuters.

Segundo a porta-voz do governo municipal de Johanesburgo, Colleen Makhubele, é possível que as pessoas que ocupavam o prédio estivessem fazendo isso ilegalmente. Ela afirmou que a cidade havia tentado despejar os ocupantes em várias ocasiões, mas sem sucesso.

Makhubele responsabilizou os ocupantes por não “atenderem ao chamado da cidade para fazer a coisa certa”. Para ela, eventos como esse são consequência da falta de colaboração dos cidadãos em relação às leis e estatutos municipais, bem como à falta de compreensão sobre o que é seguro em termos de moradia.

Johanesburgo é conhecida como uma das cidades mais desiguais do mundo, com altos índices de pobreza, falta de emprego e uma grande crise habitacional. O governo da província de Gauteng, onde está localizada a cidade, estima que cerca de 15 mil pessoas estejam sem abrigo na região.

A tragédia desta madrugada apenas evidencia os problemas sociais enfrentados pela população de Johanesburgo. Enquanto a investigação sobre as causas do incêndio continua, é fundamental que se discutam políticas públicas que auxiliem na erradicação da pobreza, no aumento das oportunidades de trabalho e na melhoria das condições de moradia para todos os cidadãos. Somente assim será possível garantir uma cidade mais segura e igualitária para seus habitantes.

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