Situação no Gabão é descrita pelo chanceler da UE como um ‘grande problema’ que afeta a Europa.

O grupo formado por 12 militares gaboneses anunciou durante a madrugada desta quarta-feira que tomaram o poder no país. O comitê de transição dissolveu todas as instituições, incluindo o governo, o senado, a assembleia nacional, o tribunal constitucional e o conselho eleitoral. Além disso, eles também anularam o resultado das últimas eleições que reelegeram Bongo Ondimba como presidente.

A declaração dos militares foi feita através do canal de televisão da presidência do Gabão, o Gabon 24. Eles informaram que Bongo Ondimba foi deposto do cargo, mas que ele mantém todos os seus direitos civis, de acordo com o general Brice Oligui Nguema.

O motivo da remoção de Bongo Ondimba do poder foi a sua terceira reeleição, que garantia um novo mandato de cinco anos. O general Nguema acredita que o então presidente não deveria ter o direito de ser eleito mais uma vez.

O comitê de generais também anunciou que irá decidir quem será o novo líder do país. Eles se autodenominaram “Comitê para a Transição e Restauração das Instituições” e afirmaram que seu objetivo é acabar com a “contínua deterioração da coesão social que corre o risco de levar o país ao caos”.

Alegando “graves problemas institucionais, políticos, econômicos e sociais” no Gabão, os militares também fecharam as fronteiras do país até novo aviso.

“Reafirmamos o nosso apego ao respeito pelos compromissos do Gabão perante a comunidade nacional e internacional. Povo gabonês, é finalmente a nossa fuga para a felicidade”, declararam os militares de acordo com o canal gabonês Gabon.

Segundo correspondentes da Al Jazeera, os cidadãos gaboneses estavam nas ruas de Libreville, a capital do país, celebrando e agitando bandeiras após o levante militar.

A situação no Gabão ainda está em desenvolvimento e é difícil prever quais serão as próximas ações do comitê de transição e como a comunidade internacional irá reagir a essa tomada de poder. O país enfrenta uma crise política e social há algum tempo e essa mudança repentina no governo pode ter consequências ainda desconhecidas. A Sputniknews e a TeleSUR também estão cobrindo o ocorrido e trarão mais informações em breve.

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