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Rei da Espanha indica candidato considerado destinado ao ‘fracasso’ para concorrer à presidência do governo.

No primeiro turno da votação de nomeação, é necessário atingir a maioria absoluta de 176 votos, dos 350 deputados. Já no segundo turno, basta conquistar a maioria simples. Caso a votação não seja bem-sucedida, será iniciada uma contagem regressiva de dois meses para buscar outra maioria. Caso isso falhe, novas eleições legislativas serão convocadas.

O líder do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, reivindica o direito de ser submetido à votação de nomeação, uma vez que seu partido obteve o maior número de assentos. No entanto, ele só pode contar com no máximo 172 votos: os 137 deputados do PP, além dos 33 do Vox (partido de extrema-direita) e os deputados de dois pequenos partidos regionais.

Com base nessa constatação, o primeiro-ministro Pedro Sánchez considera que Feijóo não tem chances de ser nomeado e há muito tempo considera essa indicação como uma perda de tempo. No entanto, Sánchez afirmou na terça-feira, após uma audiência com o rei, que não teria objeções se Felipe VI escolhesse nomear Feijóo.

“Qualquer que seja a decisão tomada pelo chefe de Estado, terá o apoio do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE)”, declarou Sánchez em uma coletiva de imprensa antes do anúncio da decisão do rei. Ao mesmo tempo, ele reiterou que um voto de confiança no líder do PP seria “um fracasso”.

Sánchez enfatizou que não há outra alternativa além de um governo progressista, ou seja, uma renovação da coalizão entre os socialistas e a esquerda radical. Ele reconheceu que Feijóo tinha um total garantido de 172 votos, mas afirmou que “parece óbvio que temos um potencial maior”.

A decisão final sobre a nomeação de Núñez Feijóo como presidente do governo espanhol será tomada pelo rei Felipe VI. Independentemente do desfecho, é certo que o PSOE apoiará a decisão do chefe de Estado. Resta aguardar e ver como essa situação política se desenrolará nos próximos meses.

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