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Presidente da Federação Espanhola resiste a renunciar após episódio controverso envolvendo beijo em jogadora.

Nesta quinta-feira, foi anunciada a nova direção do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. Entre os perfis selecionados estão o engenheiro Carlos Quintero, funcionário do CNE há quase 20 anos, o qual possui proximidade com o chavismo. Quintero já participou de 19 processos eleitorais ocupando diversos cargos na instituição, como diretor de registro eleitoral, diretor de informática e membro da Junta Nacional Eleitoral. Além disso, ele também foi suplente de diretores em três gestões diferentes.

Dois nomes ligados a partidos opositores também foram selecionados como quadros técnicos. Juan Carlos Delpino retorna ao CNE após ter sido diretor de Participação Política em 2011, diretor pleno no mesmo ano e diretor suplente em 2020. Em 2010, Delpino trabalhou como coordenador eleitoral para o partido opositor Acción Democratica (AD) e possui ligações com a legenda desde então.

Já a advogada Aimé Nogal, ex-militante do partido Un Nuevo Tiempo (UNT), fazia parte da comissão que organiza as primárias da oposição até alguns meses atrás. Especialista em Direito Civil, essa é a primeira vez que Nogal assume funções no CNE. Sua presença amplia a influência do partido UNT, que aposta em Manuel Rosales para concorrer à Presidência.

Atual governador do estado de Zulia, Rosales é considerado uma opção concreta para representar uma candidatura unificada. Ele não está proibido pela Justiça, mas ainda não se inscreveu nas primárias. Analistas consideram a possibilidade de que ele se candidate mesmo sem o respaldo da votação interna, pois há divergências políticas entre ele e María Corina Machado, favorita na maioria das pesquisas.

Após o anúncio da nova direção do CNE, Rosales reconheceu o equilíbrio presente no órgão e lembrou das eleições legislativas de 2015, quando a oposição conquistou maioria no Parlamento. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também comentou a nomeação dos novos diretores do órgão e afirmou que houve “um grande consenso para escolher o novo Poder Eleitoral”.

Outra diretora nomeada, Rosalba Gil Pacheco, é atual deputada do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e já foi cônsul-geral da Venezuela em Boston, nos Estados Unidos. Sua presença como diretora ligada ao governo é vista com otimismo por setores da coalizão opositora chamada Aliança Democrática, que rivaliza com o setor representado pelos opositores que participam das primárias, a Plataforma Unitária.

Fontes próximas ao processo afirmam que a nomeação de diretores ligados aos partidos UNT e AD representa um “pacto de convivência” entre essas legendas, o governo e a Aliança Democrática. Isso implica no isolamento de frações mais extremistas da oposição, representadas por María Corina.

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