Um vereador do município de Sumaré, no interior de São Paulo, está sendo investigado pela Polícia Civil após ser acusado de atirar cinco vezes em um homem e atropelá-lo duas vezes com uma camionete. A vítima veio a óbito. O vereador em questão é Sirineu Araújo, do Partido Liberal (PL).
De acordo com informações da polícia, Araújo alegou legítima defesa durante seu depoimento e afirmou que vinha sendo ameaçado pela vítima, Rafael Emídio da Silva, de 39 anos. No entanto, as ameaças feitas por Silva não foram detalhadas pelas autoridades.
Apesar de ter confessado o crime, o vereador não foi preso. A justificativa dada é que não houve flagrante e Araújo possui endereço fixo na cidade, além de ter se comprometido a comparecer à delegacia sempre que necessário.
A assessoria do vereador, ao ser questionada sobre o caso, afirmou que aguardará mais detalhes da investigação antes de se pronunciar. Tanto a assessoria de Araújo quanto a polícia não divulgaram os nomes dos advogados que o estão defendendo.
Os registros do incidente foram capturados por pedestres e compartilhados nas redes sociais no último fim de semana. No entanto, apenas na segunda-feira foi confirmado que o indivíduo envolvido era o parlamentar.
Os agentes apreenderam a arma e a camionete utilizadas no crime, mas não informaram se Araújo possui porte de arma de fogo.
Nas imagens é possível ver o momento em que o vereador aparece com a arma apontada para o homem caído, que implora por ajuda. Em outro vídeo, Araújo avança com o carro contra a vítima, que não reage. Logo após, o homem veio a óbito.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana, cidade vizinha a Sumaré.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou uma nota informando que a DIG aguarda o laudo pericial realizado na camionete e na arma do vereador. Ainda, destacou que os agentes estão buscando provas adicionais para fortalecer o caso.
Sirineu Araújo não se manifestou desde que o caso veio à tona e se ausentou da sessão na Câmara Municipal na última terça-feira. A própria Câmara afirmou que não possui informações sobre supostos fatos envolvendo o vereador.
O Ministério Público de São Paulo, por meio de sua assessoria, informou que aguarda a conclusão do inquérito policial para que possa dar prosseguimento às investigações.