A prática de despejar água tritiada no mar é comum na indústria nuclear em todo o mundo, no entanto, o nível de radioatividade dessas descargas nas centrais nucleares chinesas é muito superior ao esperado em Fukushima Daiichi, segundo informações vindas de Tóquio.
Analistas acreditam que a posição linha-dura adotada por Pequim em relação à água de Fukushima está relacionada às tensões existentes entre a China e o Japão, abrangendo questões econômicas e geopolíticas. Enquanto isso, outros países da Ásia-Pacífico que possuem relações mais amigáveis com o Japão, como Coreia do Sul, Taiwan, Austrália e até mesmo Fiji e as Ilhas Cook, manifestaram confiança na segurança do processo de rejeição controlado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Apesar disso, protestos contra a descarga estão ocorrendo na Coreia do Sul. Na última quinta-feira, mais de dez pessoas foram presas em Seul ao tentarem invadir a embaixada japonesa, de acordo com informações da polícia local à AFP (Agence France-Presse).
No Japão, a população parece estar resignada em relação ao assunto. Uma manifestação de protesto próxima à central elétrica de Fukushima Daiichi reuniu apenas nove pessoas na manhã de quinta-feira, conforme relatou a AFP no local.
Dessa forma, a situação continua a gerar controvérsia e divergências de opiniões entre os países da região. Enquanto a China critica veementemente o despejo de água contaminada no mar, outros estados da Ásia-Pacífico demonstram confiança no processo controlado pela AIEA. Enquanto isso, protestos e manifestações ocorrem em diferentes partes da região, demonstrando a preocupação e a sensibilidade do assunto para a população local.