DestaqueUOL

Pequim e Seul reagem de forma oposta ao despejo de águas de Fukushima: China protesta e Coreia do Sul prende manifestantes.

A decisão do governo japonês de liberar a água contaminada da usina nuclear de Fukushima no oceano tem gerado polêmica e protestos. Apesar de as autoridades garantirem que a água está dentro dos limites de segurança estabelecidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas pessoas estão preocupadas com suas consequências.

O nível de trítio na água liberada é 40 vezes inferior ao padrão nacional japonês e cerca de sete vezes menor que o limite máximo estabelecido pela OMS para água potável. A AIEA, responsável por supervisionar a operação de eliminação, deu sua aprovação em julho, afirmando que o projeto está de acordo com as normas internacionais de segurança e que terá um impacto radiológico insignificante para a população e o ambiente.

No entanto, pescadores japoneses estão preocupados com o impacto negativo que essa medida pode causar na imagem dos produtos pesqueiros do país, especialmente após as restrições impostas pela China no mês passado. O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês classificou o despejo como uma ação egoísta e irresponsável que desconsidera o interesse público internacional.

Embora o despejo de água tritiada no mar seja uma prática comum na indústria nuclear em todo o mundo, o Japão ressalta que o nível anual de radioatividade dessas descargas nas centrais nucleares chinesas é muito maior do que o esperado em Fukushima Daiichi. Analistas acreditam que a posição rígida da China em relação à água de Fukushima possa estar relacionada às tensões econômicas e geopolíticas entre os dois países.

Outros estados da Ásia-Pacífico, como Coreia do Sul, Taiwan, Austrália e Fiji, demonstraram confiança no processo de rejeição controlado pela AIEA. Apesar disso, protestos contra a descarga estão ocorrendo na Coreia do Sul, com mais de dez pessoas presas por tentarem entrar na embaixada japonesa em Seul. No Japão, uma manifestação de protesto perto da central elétrica de Fukushima Daiichi reuniu apenas nove pessoas, indicando certa resignação da população em relação ao assunto.

Para aqueles que se opõem à medida, a melhor política seria adotar uma abordagem cautelosa e evitar ações potencialmente perigosas. Eles argumentam que o mar já está altamente poluído e é inaceitável permitir que isso continue de forma intencional.

É importante destacar que as informações apresentadas são baseadas nas declarações do governo japonês, sem citar uma fonte.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo