De acordo com as testemunhas, nenhum desses homens morava na região. No entanto, os boletins de ocorrência registraram que eles estariam envolvidos com o tráfico de drogas e possuíam antecedentes criminais. As versões das testemunhas apontam para uma execução, e não para um confronto.
Os laudos apontam que Matheus Eduardo da Silva foi atingido por nove disparos e morreu devido aos ferimentos. Já Maicon Souza Santa Rosa recebeu três tiros na cabeça e no tórax, enquanto Jefferson Júnio Ramos Diogo foi alvejado por cinco tiros.
De acordo com o perito criminal responsável pelos laudos, as posições dos corpos no local das mortes também geraram dúvidas. Os peritos do Instituto Médico Legal constataram que algumas evidências não batiam com a versão apresentada pelos policiais. Havia marcas de sangue em móveis e paredes que indicavam movimentação dos corpos após os disparos.
Além disso, imagens de câmeras de segurança mostram que os policiais chegaram ao local em um carro descaracterizado e sem sinalizar a presença policial. Segundo relatos de moradores, não houve nenhuma ordem de prisão antes dos disparos.
O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil. A família das vítimas e entidades de direitos humanos exigem uma apuração rigorosa dos fatos.
Diante dessas divergências nos depoimentos e nas evidências, é fundamental que a verdade seja estabelecida para que os responsáveis sejam punidos, se for o caso. Ainda mais quando se trata de vidas ceifadas, é imprescindível que todas as investigações sejam feitas de forma imparcial, garantindo o direito à justiça para todas as partes envolvidas.
Cabe agora às autoridades competentes realizar um trabalho minucioso e transparente para esclarecer o que realmente aconteceu no fatídico dia em que quatro pessoas perderam suas vidas. A sociedade espera por uma resposta, e a justiça precisa ser feita, seja ela qual for.