Essa tensão sino-japonesa em relação às águas tratadas de Fukushima pode ser considerada como uma estratégia de influência no cenário internacional. A pesquisadora também argumenta que há questões políticas internas envolvidas, uma vez que a China se encontra em uma situação econômica degradada. Portanto, o tema desvia os holofotes e permite à nação chinesa se reaproximar. Por essa razão, a especialista acredita que é do interesse chinês alimentar essa tensão.
Ela ressalta que, com um regime autoritário como o de Xi Jinping, nem todas as decisões são racionais no plano econômico. Isso se aplica não apenas à relação com o Japão, mas também a outros setores de decisão que nem sempre visam beneficiar a população.
A especialista considera que as tensões, principalmente os recentes ataques anti-japoneses, incluindo casos de xenofobia e o ataque à embaixada com tijolos, podem desviar-se do controle. No entanto, ela acredita que chegará um momento em que ambas as partes perceberão o quão perigoso é prosseguir com essas tensões e buscarão uma solução.
É importante destacar que as tensões entre China e Japão têm raízes históricas e vêm se intensificando nos últimos anos. Questões territoriais, disputas econômicas e rivalidades políticas desempenham um papel importante nessa relação complexa. Os recentes episódios de protestos e violência mostram a sensibilidade do assunto e a necessidade de uma abordagem diplomática e cautelosa.
É crucial que os líderes políticos e diplomáticos desses dois países, assim como de outros envolvidos na questão, busquem o diálogo e encontrem soluções pacíficas para as tensões existentes. A estabilidade na região asiática é de interesse para toda a comunidade internacional, uma vez que qualquer escalada pode ter consequências graves não apenas para essas nações, mas também para o mundo como um todo.
É necessário agir com prudência e encontrar mecanismos de cooperação que incentivem a paz e o desenvolvimento mútuo. Somente assim será possível superar as tensões e construir uma relação mais harmoniosa e benéfica para todas as partes envolvidas. A diplomacia e o diálogo são ferramentas indispensáveis nesse processo, e é responsabilidade dos líderes políticos demonstrarem sua capacidade de encontrar soluções para esse desafio.