Após o colapso da União Soviética, a Geórgia perdeu o controle sobre as regiões separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia. Em 2008, Moscou reconheceu a independência dessas regiões após a tentativa da Geórgia de recuperar o controle da Ossétia do Sul à força, o que resultou em um contra-ataque russo. Desde então, as relações entre a Rússia e a Geórgia têm melhorado gradualmente.
No entanto, Medvedev acusou o Ocidente de criar tensões no país ao discutir a possível admissão da Geórgia na OTAN. Ele afirmou que não irão esperar que suas preocupações se tornem mais próximas da realidade, sugerindo uma possível anexação da Geórgia se as circunstâncias o justificassem.
As autoridades georgianas têm manifestado repetidamente o desejo de aderir à OTAN, uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos, que preservaria a integridade territorial do país. No entanto, a Rússia vê isso como uma ameaça à sua segurança e tem sido contra a expansão da OTAN na região.
Em setembro do ano passado, a Rússia declarou a anexação de quatro províncias ucranianas – Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia. No entanto, essas anexações não são reconhecidas internacionalmente.
A posição de Medvedev reflete a constante tensão entre a Rússia e seus vizinhos, especialmente aqueles que expressam uma vontade de se aproximar do Ocidente e aderir a alianças militares lideradas pelos Estados Unidos. A anexação da Crimeia em 2014 pela Rússia continua sendo um ponto de discórdia entre o país e a comunidade internacional.
No entanto, a Rússia continua a afirmar que suas ações são movidas por preocupações de segurança e busca pela proteção de seus interesses regionais. A situação na Geórgia e na Ucrânia continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, que busca encontrar soluções diplomáticas para as tensões em curso.