Essa não é a primeira vez que a jogadora se pronuncia sobre o caso. No vestiário do Estádio Olímpico de Sydney, Hermoso já havia compartilhado sua insatisfação com suas colegas de equipe, e esse momento foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais.
Em uma coletiva de imprensa organizada pelo Sindicato dos Futebolistas Profissionais da Espanha, a atleta voltou a classificar o incidente como uma agressão e pediu medidas exemplares contra o dirigente. O caso tomou tal proporção que mais de 80 jogadoras da seleção espanhola feminina decidiram renunciar às suas posições, incluindo muitas das atletas que acabaram de ser campeãs do mundo há apenas cinco dias.
Entre os nomes de destaque na lista de renúncias estão Alexia Putellas, eleita a melhor jogadora do mundo em 2022 pela Fifa, Olga Carmona, autora do gol do título espanhol na vitória sobre a Inglaterra, Athenea del Castillo, Teresa Abelleira, Alba Redondo e Mariona Caldentey. Muitas delas demonstraram solidariedade a Jenni Hermoso em suas redes sociais.
Além das jogadoras, alguns jogadores do time masculino também anunciaram sua renúncia, como Sergi Roberto e Borja Iglesias, afirmando que não defenderão a seleção enquanto Rubiales for presidente da RFEF.
Essa situação delicada mancha a imagem da federação espanhola e coloca em pauta a necessidade de medidas mais rigorosas contra atos de assédio e machismo no esporte. As exigências por um ambiente seguro e respeitoso para as atletas são cada vez mais importantes, e casos como o de Jenni Hermoso evidenciam a persistência desses problemas.
Fonte: Público, La Sexta e Mundo Deportivo.
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