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O Carf, a desoneração da folha, a receita e o gasto: quem são os alvos de críticas dos conservadores?

No cenário político brasileiro atual, é comum presenciarmos discursos inflamados sobre a necessidade de controle de gastos. Políticos e autoridades em diferentes esferas do poder repetem incansavelmente que é imprescindível restringir os investimentos públicos e cortar despesas para garantir a estabilidade econômica do país. Mas, será que esses defensores fervorosos do “aperto do cinto” exercem a mesma vigilância quando se trata de combater a sonegação e a elisão de receitas?

Se observarmos atentamente, é possível perceber que o combate à sonegação fiscal e à elisão de receitas não recebe tanta atenção quanto a questão do controle de gastos. Enquanto se exige o sacrifício do cidadão comum, por meio de medidas de austeridade, pouco é feito para coibir práticas fiscais ilegais e antiéticas por parte de empresas e indivíduos de alta renda.

A sonegação fiscal é um problema que assola o Brasil há décadas. Segundo estudos e estimativas, bilhões de reais deixam de ser arrecadados todos os anos devido a essa prática criminosa. Empresas e pessoas físicas encontram meios de ocultar ou subfaturar suas receitas e, assim, evitam o pagamento de impostos devidos ao Estado.

Já a elisão de receitas, embora seja legal, muitas vezes ultrapassa os limites da ética. Grandes corporações utilizam artifícios fiscais para reduzir substancialmente a sua carga tributária, mesmo que isso signifique prejudicar o país em termos de receita, infraestrutura e desenvolvimento econômico.

Se os defensores do controle de gastos realmente estivessem comprometidos com o bem-estar do país, seria de se esperar que dedicassem a mesma energia e empenho para combater essas práticas fiscais ilegais e antiéticas. Afinal, quem pode ser a favor da gastança? É necessário garantir que os recursos públicos sejam adequadamente arrecadados e aplicados em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.

Portanto, é imprescindível que a sociedade cobre dos nossos representantes políticos uma atenção maior a essas questões. É necessário criar mecanismos eficazes de fiscalização e punição para combater a sonegação fiscal e a elisão de receitas. Somente assim poderemos ter uma verdadeira eficiência no controle de gastos e garantir o desenvolvimento sustentável do país.

Em suma, é necessária uma reflexão sobre a importância de se combater a sonegação fiscal e a elisão de receitas. Não podemos permitir que a hipocrisia se sobreponha à necessidade de um sistema tributário justo e eficiente. O Brasil precisa de valentes defensores do controle de gastos, sim, mas é necessário que eles atuem de maneira equânime, buscando não apenas o ajuste fiscal, mas também a justiça fiscal.

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