A decisão de despejar a água acontece após uma série de discussões e aprovações da Autoridade de Regulação Nuclear. A operadora da usina, a Tepco, será responsável pela preparação e execução do despejo, desde que as condições meteorológicas e marítimas sejam favoráveis.
O Japão conta com o apoio da agência reguladora da ONU, que garante a segurança do processo de despejo gradual. No entanto, os pescadores locais e países vizinhos, como a China, se opõem a essa medida, alegando preocupações com a contaminação dos peixes e do meio ambiente marinho.
Desde o acidente nuclear ocorrido em 2011, após um tsunami que atingiu a usina, a água utilizada para resfriar os reatores nucleares tem sido armazenada em grandes tanques. Esses tanques chegam ao limite de sua capacidade, o que tem levado as autoridades japonesas a considerarem alternativas para o armazenamento e tratamento dessa água.
O plano de lançar a água tratada no oceano tem gerado um intenso debate. O governo japonês afirma que a água foi tratada para alcançar níveis de segurança abaixo dos limites estabelecidos pela agência reguladora e que o despejo gradual é a melhor opção para resolver o problema do armazenamento.
No entanto, os pescadores mostram-se preocupados com os impactos negativos que o despejo pode ter na pesca da região, afetando diretamente suas atividades e economia. Países vizinhos, como a China, também se posicionam contra o plano, temendo contaminação e impactos ambientais em suas próprias águas territoriais.
Diante dessas divergências, o governo japonês busca conciliar as opiniões e tranquilizar a população. Fumio Kishida ressaltou que a decisão foi tomada com base em estudos e avaliações técnicas, visando sempre a segurança e o bem-estar da população.
Apesar das preocupações e resistências, o despejo da água acumulada em Fukushima está programado para iniciar no dia 24 de agosto, desde que as condições meteorológicas e marítimas sejam favoráveis. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre a necessidade de solucionar o problema do armazenamento da água contaminada e os impactos que essa medida pode causar na pesca e no meio ambiente marinho.