Amoroso terá a responsabilidade de presidir a comissão, que é encarregada de realizar a organização técnica das eleições. Sua inclusão na lista de pessoas sancionadas pelos EUA se deu devido à acusação de minar processos eleitorais e censurar a imprensa. Além disso, a comissão de registro de eleitores será liderada por Rosalba Gil, uma figura também relacionada ao chavismo e viúva do dirigente Darío Vivas.
O anúncio das nomeações gerou críticas por parte dos líderes opositores. Maria Corina Machado, uma aspirante à presidência que foi inabilitada pela autoridade eleitoral, classificou o novo CNE como “um instrumento do sistema, do regime”. Ela afirmou que enfrentar as manobras desse órgão será uma das muitas barreiras que os opositores terão que derrubar.
Por outro lado, o presidente Nicolás Maduro saudou as nomeações e destacou o profissionalismo e equilíbrio dos escolhidos. Segundo Maduro, cabe a eles organizar os processos eleitorais para os próximos sete anos.
José Amoroso, ao comentar sobre sua nova função, declarou orgulho pelo sistema eleitoral da Venezuela. Segundo ele, o país possui o sistema mais confiável do mundo, o que será demonstrado em cada um dos processos eleitorais que virão.
Aimé Nogal, ligada à oposição, ficará responsável pela comissão de participação política e financiamento. Sua nomeação visa trazer um equilíbrio entre os membros da comissão, representando a diversidade de opiniões políticas no país.
As nomeações para a Comissão Nacional Eleitoral são sempre cercadas de polêmica na Venezuela, com acusações de parcialidade e manipulação em favor do governo. Resta aguardar como essas mudanças irão impactar o processo eleitoral no país e se as críticas da oposição se confirmarão.