Maierovitch, conhecido por suas análises políticas e jurídicas, questionou a postura de Zanin, argumentando que a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal é um tema amplamente debatido e que a posição do ministro vai contra o entendimento de diversos especialistas e estudiosos da área.
Para embasar seu argumento, o colunista mencionou a atual tendência mundial de despenalização e descriminalização das drogas, citando países como Portugal, Uruguai e alguns estados dos Estados Unidos que já adotaram medidas nesse sentido. Além disso, Maierovitch ressaltou a existência de estudos científicos que apontam para a eficácia da abordagem de saúde pública em substituição à abordagem repressiva no combate ao uso de drogas.
Ao criticar a posição do ministro Zanin, o colunista destacou a importância de uma visão atualizada e baseada em evidências científicas no debate sobre a política de drogas. Segundo Maierovitch, ao votar contra a descriminalização, Zanin parece ignorar os avanços e aprendizados obtidos por outros países e falha em considerar alternativas mais eficazes para lidar com o problema.
O colunista também levantou a questão da seletividade penal, apontando que a atual política de drogas no Brasil atinge de forma desproporcional as camadas mais pobres da sociedade, fomentando a desigualdade e a violência.
Por fim, Maierovitch defendeu a necessidade de um debate mais aprofundado sobre o tema, com a participação de especialistas, acadêmicos e representantes de diferentes setores da sociedade. Para ele, é fundamental que as decisões tomadas pelo STF levem em consideração não apenas as opiniões de seus membros, mas também as evidências científicas, a experiência de outros países e as demandas da sociedade.
Em suma, a posição do ministro Zanin no julgamento da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal foi alvo de críticas por parte do colunista Wálter Maierovitch, que argumentou em favor da despenalização e da adoção de abordagens baseadas em evidências científicas no combate ao uso de drogas. O debate sobre esse tema continua e é fundamental que as decisões do STF sejam embasadas em análises aprofundadas e no interesse da sociedade como um todo.
