Na proposta que aguarda a sanção de Lula, os deputados mantiveram as alterações feitas no Senado, como a exclusão das verbas destinadas à educação básica do limite de gastos. No entanto, eles fecharam uma brecha pela qual os investimentos extraordinários do governo passariam todos os anos, totalizando cerca de R$ 38 bilhões em 2024. A ministra Simone Tebet, responsável pelo Planejamento, percebeu a situação e criou um Plano B.
Simone alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), incluindo no texto a mesma regra que os deputados excluíram do novo marco fiscal. Isso significa que ela terá a disposição o dinheiro extra no Orçamento federal de 2024, que deve ser enviado à Câmara até o dia 31 de agosto. Lira e o centrão concordaram com essa mudança, principalmente porque a cada ano o governo precisa negociar a LDO e o Orçamento com o Congresso.
Essa movimentação nos bastidores políticos evidencia a dinâmica de troca de favores que acontece no cenário político brasileiro. Enquanto Lira busca fortalecer seu apoio e garantir recursos para o centrão, Lula tenta garantir a aprovação de medidas importantes para seu governo. Essa negociação constante entre os poderes demonstra a complexidade do sistema político brasileiro e a importância do jogo de interesses na tomada de decisões.
A nova regra fiscal, que aguarda a sanção de Lula, terá um impacto significativo nas finanças do país. No entanto, o adiamento de questões relevantes, como a taxação de milionários com contas no exterior, revela que nem todas as demandas são atendidas imediatamente. O jogo político continua a influenciar o rumo das decisões governamentais, com concessões sendo feitas à medida que o apoio e os interesses são garantidos. Resta acompanhar de perto como essas negociações irão afetar o futuro do país.