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Equador, sob narcotráfico, pode enfrentar uma escalada de violência política no segundo turno eleitoral.

Lasso, o Narcoestado e os “custos da insegurança”

Os altos custos da insegurança estão afetando as operações comerciais no Equador, causando um aumento nos preços e dificultando o dia a dia dos empresários. Essa situação, que já é observada há décadas no México e na Colômbia, inclui a cobrança de “direitos de piso” e o risco de sequestros e extorsões.

De acordo com a Corporação dos Grêmios de Corporações Exportadoras do Equador (Cordex), nos últimos 12 meses, cerca de 500 pessoas ligadas ao setor foram vítimas da insegurança, sendo que pelo menos 20 morreram como resultado de crimes violentos. Richard Salazar, diretor executivo da Associação dos Exportadores de Banana (Acorbanec), afirma que mesmo em meio a estados de emergência, os produtores, exportadores, trabalhadores e fornecedores continuam sofrendo com a insegurança.

A questão da insegurança está diretamente ligada ao candidato Jan Topic e sua parceira, Diana Jácome. Topic é filho do empresário Tomislav Topic, que é suspeito de crimes empresariais. Além disso, Jan Topic possui uma formação acadêmica duvidosa, sendo acusado de operar para a Legião Estrangeira da França e de participar de operações em outros países. Essas conexões e seu passado controverso levantam dúvidas sobre sua idoneidade para ocupar um cargo público.

Além disso, a escalada da violência política no país levanta questionamentos sobre a possibilidade de uma eleição “justa”. O candidato Daniel Noboa também possui uma vantagem significativa devido ao apoio financeiro de seu pai, Álvaro Noboa, conhecido como o Magnata da Banana. A influência desse poderoso grupo empresarial na campanha política gera preocupações sobre a integridade do processo eleitoral.

Em relação ao segundo turno das eleições, é importante destacar a presença dos cartéis equatorianos, que têm ligações com cartéis mexicanos, máfia albanesa e mercenários colombianos. Essas conexões representam um ativo político que pode influenciar negativamente a segurança do país. O resultado final dessa disputa eleitoral ainda é incerto, mas a militarização da sociedade é uma possibilidade concreta.

Conclusão

Os altos custos da insegurança e a influência de grupos empresariais poderosos estão afetando o processo eleitoral no Equador. A presença de candidatos com conexões duvidosas e a violência política tornam a eleição um desafio difícil de ser enfrentado. O futuro do país está em jogo e é necessário que medidas sejam tomadas para garantir a transparência e a segurança do processo eleitoral.

Bruno Beaklini | Monitor do Oriente Médio


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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