A escalada do aparato repressor do Estado rumo à jugular de Bolsonaro é feita em três etapas: investigação, indiciamento, denúncia. Depois, num quarto momento, virá o julgamento que pode resultar em condenação. Responsável pelos dois primeiros estágios, a Polícia Federal avalia que já reuniu em suas investigações material para indiciar Bolsonaro. Mas prefere aguardar.
A prudência se deve a dois fatores. Primeiro, a perspectiva iminente de obtenção de novas provas. Segundo, o desejo consciente dos investigadores de evitar que Augusto Aras ou sua preposta Lindôra Araújo imprimam suas digitais nos processos.
A expectativa para a escolha do próximo procurador-geral da República é grande. Com a saída de Augusto Aras, que não conseguiu o apoio necessário para sua recondução, os nomes de Paulo Gonet, Antônio Carlos Bigonha e Mario Bonsaglia têm ganhado destaque. Esses candidatos são vistos como fortes e competentes, e já sabem que, ao assumirem o cargo, terão como prioridade formular denúncia criminal contra o presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal, responsável pelos primeiros estágios do processo, já considera ter reunido material suficiente em suas investigações para indiciar Bolsonaro. No entanto, opta por aguardar, pois existem expectativas de obtenção de novas provas que podem fortalecer o caso. Além disso, os investigadores têm o cuidado de evitar interferências por parte do atual procurador-geral ou de seus representantes nos processos em andamento.
A movimentação para a denúncia criminal contra Bolsonaro tem sido cercada de cautela e estratégia. Os passos a serem seguidos seguem uma ordem rigorosa: investigação, indiciamento, denúncia e julgamento. O objetivo é garantir a efetividade do processo e evitar brechas que possam comprometer a acusação.
Os desdobramentos desse caso são aguardados com grande expectativa pela população brasileira. A política nacional vive um momento de polarização e tensão, e a possível denúncia criminal contra o presidente pode ter consequências significativas para o futuro do país. Resta aguardar as próximas movimentações do próximo procurador-geral da República e acompanhar de perto o desfecho desse processo.