Apesar das acusações, o ministro conseguiu se manter no cargo devido ao apoio de aliados, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, agora seus padrinhos políticos parecem ter uma opinião diferente.
Embora o líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), tenha afirmado oficialmente que Juscelino continua como ministro, o Planalto já recebeu indicações de que seu nome não seria indispensável, desde que a pasta permaneça com o partido.
A operação para afastar Juscelino Filho do cargo ocorre em meio ao debate sobre uma reforma ministerial para abrigar o centrão no governo. O presidente Lula tem trabalhado há quase dois meses para criar um novo desenho na Esplanada dos Ministérios que integre o PP e o Republicanos sem diminuir o número de aliados.
Dentro do Planalto, a avaliação é de que ninguém quer mais se indispor com o ministro. A Polícia Federal, durante as investigações, encontrou diálogos entre Juscelino e um empresário responsável por obras no município maranhense, levantando suspeitas de pagamentos irregulares.
Para o governo, seria uma oportunidade de unir o útil ao agradável. Com diversas possibilidades de mudanças de ministros em vista, substituir Juscelino em meio a mais um escândalo poderia ser uma chance de integrar mais uma pasta ao quebra-cabeça governamental.
Em meio a essa situação delicada, resta aguardar para saber qual será o desfecho dessa história e como a reforma ministerial acontecerá, impactando a composição do governo e fortalecendo ou enfraquecendo o centrão. O futuro de Juscelino Filho como ministro fica cada vez mais incerto, e o presidente Lula precisa tomar uma decisão que seja a mais adequada para seu governo e sua base aliada.