Uma briga ocorrida em um condomínio no bairro de Ponta Negra, em Manaus, Amazonas, na última sexta-feira, 18, resultou em agressões e uma vítima baleada. A confusão começou quando Jussana Machado e seu marido, Raimundo Machado, que é policial civil, abordaram Cláudia Gonzaga, babá do advogado Ygor Colares, que também vive no local. Jussana e Raimundo foram presos em decorrência do incidente.
A divulgação das imagens das câmeras de segurança do condomínio fez com que o assunto ganhasse repercussão. Nas imagens, é possível ver Jussana desferindo socos em Cláudia enquanto é observada pelo marido. A babá consegue se levantar momentaneamente e pede ajuda. Pouco depois, Ygor chega e é agredido por Raimundo.
O policial então passa uma arma para sua esposa, que passa a apontá-la para as pessoas que se aproximam. Ela usa a arma para bater na cabeça da babá. Mais tarde, quando o advogado cai no chão, ela dispara um tiro em sua direção, acertando uma de suas pernas. A discussão continuou até a chegada da polícia ao local.
Posição da OAB-AM
A seção amazonense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou comunicados em suas redes sociais afirmando que está acompanhando “toda e qualquer violência contra a advocacia e contra a sociedade” e tem o “compromisso de defender as prerrogativas dos advogados do Amazonas”.
“A audiência do último sábado, 19, terminou com a Justiça mantendo a prisão em flagrante, que foi convertida em prisão preventiva de Jussana de Oliveira Machado, e também com a determinação da prisão do policial civil Raimundo Nonato Monteiro Machado”, continua o comunicado da entidade.
Posição da Polícia Civil do Amazonas
A equipe do Estadão entrou em contato com a Polícia Civil do Estado e recebeu a seguinte nota:
“A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informa que o investigador Raimundo Nonato Machado se apresentou na manhã deste domingo, 20/08, na Delegacia Geral, localizada na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, passou por exames de corpo de delito e foi encaminhado para a carceragem, onde ficará à disposição da Justiça.
A PC-AM afirma ainda que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e garante que todas as transgressões administrativas são apuradas.”
Depoimento do advogado baleado
Em entrevista à Rede Amazônica, afiliada da Globo no Estado, Ygor comentou: “Eles (Jussana e Raimundo) nos abordaram alegando que a babá do meu filho estava espalhando fofocas sobre eles. Eu tentei conversar com ela, mas ela prontamente negou a situação. Então, eles ficaram revoltados porque nenhuma providência foi tomada a respeito”.
“Minha intenção era tirá-la daquela situação. Quando cheguei lá, esse policial me viu e partiu para cima de mim, tentando me agredir. Ele tentou me acertar com um soco, mas errou. Em seguida, ele pegou a arma da cintura e a entregou para sua esposa. Ele ainda disse: ‘segure minha arma e aponte-a para ele'”, continuou ele.
